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A família diante das drogas - As muitas faces da droga

"Usuário de drogas desde os 12 anos, hoje estou com 26, estive internado por 3 meses em Uberaba e já frequentei varias reuniões na Família de Caná. Agora pretendo me internar e completar o meu tratamento, pois minha família sofre muito e ultimamente tenho ficado vários dias fora de casa e retornado parecendo um mendigo. Não tenho nenhuma peça de roupa e de sapato, vendo tudo que vejo pela frente. Se não tiver socorro rápido, em breve não farei mais parte do convívio de minha família." W. B. (do site da Família de Caná)

"Estou precisando de ajuda. Tenho um primo usuário de crack há 14 anos. Ele sofreu dois atentados de morte só este ano, devido às drogas, e está hospitalizado. Ontem conversei com ele sobre um tratamento para largar o vício e ele aceitou. Ele virou morador de rua. Gostaria de pedir socorro por ele, como proceder." N.

Traficantes, uns bandidos
Na busca desesperada pela droga, o dependente não escapa de se endividar e se tornar refém dos traficantes. Não raro, a família sofre chantagem para saldar as dívidas do filho. Nesse caso, a família não deve hesitar em pedir ajuda dos poderes públicos, porque está correndo risco a integridade física de todos os envolvidos.

Todos esses procedimentos visam a incentivar o dependente a desejar ele mesmo buscar ajuda para sair da escravidão das drogas. De preferência afastando-se temporariamente do ambiente de casa e da comunidade, onde ele não deixará de ser assediado pelos traficantes e pelos companheiros de uso. E a experiência da Família de Caná recomenda como o mais indicado e eficaz a internação em uma comunidade terapêutica.

A família precisa ser tratada
A droga atinge como um furacão a familia, envolvendo todos os seus membros. A familia adoece junto com o dependente. Emocionalmente todo mundo fica abalado. Tudo no ambiente doméstico passa a girar em torno do problema. As mães, principalmente, chegam a desenvolver doenças psicossomáticas. Às vezes os irmãos se revoltam pela suposta proteção dos pais ao "viciado", não raro há brigas e agressões.

Por isso o tratamento de pessoas com problemas de dependência de drogas não terá soluções reais, se não forem incluídos no processo os pais. os irmãos, os parentes e os amigos que participam da vida grupal.

"Nem todas as famílias estão preparadas para ter o filho livre das drogas. Pois ele se tornou. uma espécie de bode expiatório de todas as coisas erradas que acontecem no lar. Todos dizem e repetem que o que mais desejam é a libertação do filho. Mas nem sempre fazem o que é preciso fazer. Existem problemas psicológicos a superar, da parte do dependente e da parte dos pais e familiares. Aqui também as coisas não se resolvem num passe de mágica. Pode ser necessário que toda a familia se submeta a um bom trabalho de terapia". (Pe. Osvaldo Gonçalves)

A Família de Caná tem um departamento estruturado para isso, GRAFA - Grupo de Apoio aos Familiares dos dependentes e os Encontros para Familiares de Dependentes, buscando proporcionar todos os recursos para que o tratamento nas suas comunidades terapêuticas atinja o máximo de eficácia.

Aos que objetam que o trabalho com os dependentes não vale a pena porque apresenta resultados muito escassos, se levarmos em conta o investimento em dinheiro e recursos humanos, respondemos com o argumento irretorquível do Dr. José Elias Murad: "E se fosse seu filho?!"

Leiam o livro do Pe. Osvaldo Gonçalves "Eu me envolvi com os drogados", emocionante relato de seu trabalho na FAZENDA RECANTO DE CANÁ.

 
  José Wagner Leão
Assessor de Comunicação da Família de Caná

Artigo publicado em 26/01/2013


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