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Enfim sós... De novo!

Um dia desses, sábado qualquer. Ela e eu sozinhos em casa.

Hora do almoço. Chego à mesa e me emociono. Um prato de salada arranjado como se fosse para festa, variado e colorido. Digno de ser perpetuado numa foto. Depois da salada, um peito de frango com batatas e um molho criado por ela, de fino sabor.
O que é mais importante no casamento? Os filhos, seria a resposta, talvez, da maioria das pessoas.

Amo de paixão meus filhos. Curto de montão meus netos. A minha resposta, porém, é outra: o mais importante no casamento são eles, marido e mulher. É do amor dos dois que nascem os filhos e a deliciosa sequência dos netos. Do amor dos dois é que se nutre o amor que os filhos cultivarão e derramarão, sobre a família e a comunidade.

Dever cumprido, filhos tragados pelo turbilhão da vida. Chega o momento do "enfim sós" de novo. Não feito de expectativas e de futuro. Construído com o passado, com a saudade, talvez. Experiência que tantos casais transformam na "síndrome do ninho vazio", ocasião de desespero, desencontros conjugais e depressão. Isso é fatal, se nos entregarmos corpo e alma ao doce e envolvente desafio dos filhos e netos, os enfeites do lar, esquecendo de cuidar dos esteios da casa.

Cultivar a conjugalidade, este é o segredo de um casamento longo e feliz. Dentro do rodopio das obrigações profissionais, familiares, religiosas; apesar das situações de conflito inevitáveis em qualquer relacionamento normal; reservar tempo para os dois. A sós, esquecidos dos filhos e dos problemas, num barzinho, num cinema, numa viagem às vezes maluca, curtir um ao outro. Garantir que no futuro não viveremos uma solidão a dois.

Isso é que faz que, após quarenta e quatro anos de convivência, ela se esmere, num dia qualquer, a brindar os meus olhos e paladar com a gratuidade desse banquete? Sem falar de outras pequenas delicadezas com que me cerca no dia a dia.

Isso é que faz que, desfrutando da graça de numerosos amigos, prefiramos tantas vezes viajar sozinhos para a praia, um hotel de lazer. Ali, fazer as nossas caminhadas, gozar o aconchego um do outro, jogar o nosso "mexe-mexe", frequentemente sob o olhar curioso da plateia.

Experimentem. Vale a pena apostar! Palavra de quem vive esse momento.

 
  José Wagner Leão
Assessor de Comunicação da Família de Caná

Artigo publicado em 26/01/2013


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